ABSTRACT
As pneumonias representam uma das mais graves complicaçöes decorrentes da hospitalizaçäo, sendo a principal causa de letalidade entre as infecçöes hospitalares. A terapêutica empírica é utilizada freqüentemente, tanto pelas dificuldades no diagnóstico etiológico quanto pelo quadro clínico potencialmente grave. Deve ser avaliada, com base no espectro de açäo antimicrobiana, potência, concentraçäo e estabilidade no parênquima e secreçäo pulmonar, efeitos adversos, custo, e principalmente adequarse ao padräo de sensibilidade dos agentes etiológicos isolados no ambiente hospitalar em que o paciente encontra-se internado. A terapia inicial deve incluir um aminoglicosídio e uma cefalosporina de terceira geraçäo, considerando a associaçäo de uma droga antipseudomonas ou antiestaficocócica, dependendo das condiçöes clínicas de bacteriológia. O esquema terapêutico deve ser avaliado diariamente com base na evoluçäo clínica e na monitorizaçäo bacteriológica. A piora do quadro clínico, em vigência de um esquema antibiótico de amplo espectro, deve alertar para a presença de complicaçöes decorrentes do processo pneumônico ou de superinfecçäo por patógenos multirresistentes. Apesar dos avanços e da multirresistentes, as taxas de mortalidade säo expressivas. A reduçäo dos riscos de adquirir uma pneumonia hospitalar, através da manipulaçäo adequada de equipamentos de terapia respiratória, do treinamento de profissionais e de uma vigilância epidemiológica ativa, associada ao diagnóstico precoce, a conduçäo clínica e terapêutica adequada, poderá alterar substancialmente essa realidade